Precisamos entender que um aquário é diferente de rios ou lagos onde há um grande volume de água circulando. Trata-se apenas de uma “caixa” de vidro com pequeno volume de água e que n
ecessita de permanente vigilância através de testes específicos e observação, alimentação controlada e adequada à espécie e população moderada.
Por esse motivo deve-se dar especial atenção ao sistema de filtragem para reduzir o risco de acúmulo de matéria orgânica e propiciar uma boa circulação facilitando as trocas gasosas e oxigenação do meio. Pois mesmo respeitando a quantidade máxima exigida pelas espécies em cada aquário, o
sistema pode entrar em colapso ocasionando os problemas citados acima.
- A pergunta que não quer calar: Que peixes eu coloco?
Antes de sair por aí comprando todos os peixinhos que acha bonitinho pesquise um pouco. Há diversos sites e fóruns com informações sobre espécies e dicas importantes. Se não encontrar respostas satisfatórias, pergunte! A primeira coisa a fazer é escolher o tamanho do aquário que melhor se en
caixa no seu orçamento. Mas tenha em mente que tanques maiores são mais estáveis, pois os parâmetros da água se tornarão menos propensos a grandes variações em volumes maiores.
Escolhido e montado o aquário é hora de habitá-lo. Existem muitas regras e mitos sobre isso, porém é melhor seguir uma linha de pensamento do que fazer por experimento e isso muita gente sabe que não dá certo (uma das grandes causas de desistência do aquarismo se deve ao fator decepção –
morrem peixes, o sistema se torna incontrolável – e os mais afoitos optam por desmontar tudo).
Pelo que tenho observado, a grande maioria de novos aquaristas tende a optar por aquários com volumes entre 40~70 litros. Com esse volume é possível ter peixes saudáveis e por um longo período. Mas para isso precisa escolher espécies compatíveis ao tamanho do aquário.
Geralmente se recomenda peixes pequenos – isso é evidente. Um cálculo muito empregado é a regrinha de
Para peixes maiores o cálculo é diferenciado e tanto pode ser necessário um aquário de
Dá certo?
Sim, pode ser uma boa maneira de começar. Mas isso não quer dizer que não se pode colocar um ou dois peixes além do estipulado. A população máxima varia de aquário para aquário apesar de mesmo volume.
Entre os fatores que propiciam burlar as recomendações estão:
- Trocas parciais de água regulares e retirada de detritos (restos de ração, excrementos, folhas mortas de plantas);
- Plantas naturais e saudáveis;
- Filtragem bem dimensionada (vazão de acordo com o tamanho do aquário, limpeza periódica, troca de refis, filtragem biológica e mecânica)
Em contrapartida, fatores que reduzem as chances são:
- Trocas de água e sifonagem pouco freqüentes;
- Sem plantas naturais ou não saudáveis;
- Filtragem deficiente e péssima manutenção do filtro.
- Sobre o FBF – filtro biológico de fundo, aquele das placas pretas! – Ele pode até funcionar, só faz filtragem biológica, mas em um sistema abarrotado de peixes e com manutenção precária isso se torna perigoso a curto prazo. Além disso, há um acúmulo de detritos sob o substrato, no meio das placas e, mesmo a água parecendo cristalina, a sujeira continua em contato com a água, com as bactérias saprófitas transformando essa matéria orgânica em amônia, que fica circulando na água, juntamente com nitritos e nitratos em uma escala sempre crescente.
Por isso, a recomendação é sempre para filtros externos, mais modernos e eficientes.
Quantos peixes posso colocar de cada espécie?
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