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domingo, 4 de outubro de 2009

Cientistas estudam águia gigante que podia comer humanos

Garra da águia de Haast, enorme ave com cerca de 18 kg que teria sido extinta há 500 anos Foto: Reprodução/Terra Chile

Garra da águia de Haast, enorme ave com cerca de 18 kg que teria sido extinta há 500 anos
Foto: Reprodução/Terra Chile


O estudo minucioso de fósseis permitiu solucionar o mistério sobre a natureza da gigantesca águia de Haast, extinta há 500 anos, disseram pesquisadores nesta sexta-feira. Os especialistas informaram ter determinado que a enorme ave - que vivia nas montanhas da Nova Zelândia e pesava cerca de 18 kg - era um predador e não um simples comedor de animais mortos como supunham muitos cientistas.

De acordo com os pesquisadores, a ave gigante, maior que as águias modernas, descia ao solo para atacar aves que não voavam e ocasionalmente algum ser humano. Ken Ashwell, da Universidade de Nova Gales, na Austrália, e Paul Scofield, do Museu Canterbury, na Nova Zelândia, escreveram suas conclusões no Journal of Vertebrate Paleontology.

Scofield disse que os achados coincidem com o folclore da região. "A ciência apoia a mitologia maorí do lendário pouakai (ou hokioi), um enorme pássaro que podia atacar as pessoas nas montanhas e que era capaz de matar uma criança pequena", contou.

Os estudiosos realizaram uma tomografia computadorizada de crânios e uma pelve da espécie antiga para tentar reconstruir o tamanho do cérebro, olhos, orelhas e espinha dorsal. Depois, compararam os dados com as características das aves predadoras e carniceiras modernas para determinar a possível alimentação da águia gigante.

Segundo os pesquisadores, a águia de Haast evoluiu rapidamente de um antepassado muito menor, além do corpo ter crescido mais rápido do que o cérebro. Os cientistas acreditam que a ave se extinguiu há 500 anos devido à destruição do seu habitat e à extinção de suas presas pelos primeiros habitantes humanos polinésios. Antes do homem colonizar a Nova Zelândia, há 750 anos, as maiores populações na região eram da águia de Haast e do moa.

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